domingo, 15 de junho de 2014

O doce beijo da decadência


Uma flor silenciosamente desabrocha
Em um mundo desprovidos de espectadores.
(Selva? Uma rua movimentada? Sertão ou caatinga?)
Nascida para chorar pétalas ao chão,
Beijar amores de primaveras de um dia... E sussurrar:
Sol, meu amor inclemente, seca minhas lágrimas,
Arrebenta o perfume que é minha alma,
Quebra esperanças abelhas que me perseguem,
Uma a uma, desabam na tempestade,
Que chora raiva e esbraveja eternas lamúrias.
Lentamente me lembre que, mesmo papoula,
Me levo às alturas de Antares,
Ou mesmo rosa, degusto meus lábios secos,
Lentamente, docemente, me lembre, num sussurro,
Que nasci para morrer.