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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Gravée


"And tear us apart and make us meaningless again"
- Muse.

Aqueles passos que ecoaram no corredor
De saltos altos apressados, tão fugidios,
Fixaram-se, gravados em alto relevo.

Também o frio e o nevoeiro daquele dia,
Meu coração, envolveram e logo soaram
No piano, num concerto de despedidas.

Enquanto o mundo passava ali tão certo,
Horas, imponentes e imortais, se foram.
Estática foi a memória em mim gravada.

Lembro-me do rugido da locomotiva:
Gritou tão forte ao te levar para longe
Enquanto eu chorava baixo para ficar.

Daquele olhar que me deu ao partirmos
Compus um quadro onde sua esperança
Eram raios de Sol naquele dia tão cinza.

Daquele sorriso que me deu de consolo
Fiz esculturas de mil histórias e heróis
Nas quais éramos salvos pelo destino.

Ai de mim, mal sabia o sabor da mágoa.
Ai de mim, solitário, fiquei aos prantos.
Esqueci-me do nome da noite e do dia.

Ai de mim que fui tal lenha e gasolina.
Ai de mim, adormecia nos seus trapos
Que deixou ali para me sentir contigo.

Daquele quadro que compus, amarelo,
Fiz novos cenários em ocre e marrom,
Minhas florestas silenciosas e vazias.

Daquelas esculturas de mil histórias,
Fiz releituras de vidas passadas para
Enganar a memória, em mim, gravada.

Aqui, o frio me arremete ao contemplar
Nosso cenário quebrado, doce e onírico.
Foi-me aconchego decadente e amor.

Gravou-me impiedosamente, seu beijo
Que, ávido, barganhei pela minha vida
Sem saber que abraçava minha morte.





domingo, 1 de março de 2015

Over a tiger.

I remember sunny days, lonely sunsets,
I remember life with no regrets.

Friends smiling over lost stories,
Around the fire, our days of glories.

Everything triumphs over a lone wish.
Can a lone fish sway the stream?
Can a lone fish sway the stream?

Always waiting for the Sun to come
We couldn't see it would us burn.

Every soul wants to touch the Sun now
No matter what awaits us anyhow.

Epilogue

I see my days with dry eyes, crystal clear.
Mean and bitter.

Over a tiger worries an eater.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Canção da Separação

Minha Lua, cadê meu amor?
Como uma estrela-cadente...

Minha bela, veja bem
Do que de nós sobrou
Tome a foto que descoloriu
Com(o) nossos sorrisos frios
E olhos secos mirando o vazio.

Minha bela, fique bem,
Até o Sol surgir
Lá pelas frias horas da manhã
E abraçar uma triste órfã
Beijar-te, minha doce irmã.

É tarde, e bem sabe, amor.