As horas passam pelo meu pescoço.
A linha do tempo, uma corda cruel
Roçando gentilmente. Uma cobra
Deslizando para o bote preciso.
Suas fibras são os tristes segundos
Perdidos de minha vida seca,
Inútil e descabida; e seu veneno
É o sopro que me faz despertar.
A agonia das manhãs certeiras,
Uma após a outra, rumo ao nada.
Vazio amorfo e eterno, sereno,
Meu vazio cheio de ansiedade.