Me perdi nas palavras da criação
Uma criança cuja cabeça despontou
Do buraco da toupeira curiosa
Logo voltou e caiu, e caiu.
Caiu para onde? Não tem pra onde.
Mas, ainda esperou silenciosamente
Esperou as nuvens roxas da noite
Esperou a carícia da madrugada.
Criança fugida nadou no oceano
E pro oceano foi-se indo, nas águas
Fundindo-se com o céu noturno
Órion encontrou Escorpião.
Das espumas, despontei, hesitei,
Corri para a areia, provei a poeira,
Mas, ainda, sim, provei da cerveja
Embriaguei-me de sal iodado.
Como poderia saber dessa Dança
Da Morte que tomamos parte? Não poderia.
Um beijo de morte para a brisa que me leva.
Um beijo de morte para a noite que me toma.
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