quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

I


Disseram que em um dia poderiam haver quatro estações, todas seguidas e sequenciadas ou misturadas. Toda essa sensação atingiria como um soco no rosto, do qual a pior consequência seria algo como se uma brisa refrescante de menta estivesse sido soprada na face e nos lábios. Deve-se sentir isso uma vez em vida: Inferno. Relativo como a sensação de ficar sóbrio depois da ebriedade de longas noites e dias sonhando, na vigília ou nos doces braços de desconhecidos. Inferno, que não é mais que a tortura mundana, sádica e abraçada com o prazer de esquecer. E, com o risco de ser visto e julgado como piegas, em Solidão. Essa amante da loucura, senhora dos vícios, de onde partem quatro sensações das estações, seguidas e sequenciadas ou misturadas. E pode haver algo em vida que seja passível de causar tudo isso, quatro estações em um Inferno de sobriedade e ebriedade, essa Loucura? Vícios mil, pela sensação da vertigem do álcool, pela sensação de flutuar por opiáceos... 

A Paixão.

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