Paixão, Medo, Morte. Pesadas penas que são veladas, silêncio consentido de sacerdotes e sacerdotisas, que se entreolham atrevidamente. Sabem o significado, amam o significado e se amam. O eu, esse que é uma ilusão, evita olhar o Destino no fundo dos seus olhos impiedosos. Mas, não percebe que, nesse mesmo olhar, existe algo a mais, algo que é Vida e Alívio. Sopro refrescante de menta e vasos de água de montanhas em dias de ranger de dentes. E não veem que morrem todos os dias, todos os segundos, toda tentativa de domar o Tempo, e que a Esperança está justamente em ressurgir no instante seguinte.
Fênix, queima-me em seu êxtase e libera minhas cinzas para chorar o canto de um garoto inocente ou machucado. Queima esse coração que não percebe que o Amor é a própria Vida, sem cargas inúteis que devem ser levadas pelos vales, pelas montanhas, oceanos. E que a Vida e a Morte são faces de uma mesma túnica que vestimos, avessos, mas indispensáveis. O Renascimento é um simples trocar de túnicas sutilmente semelhantes. E a Esperança é seu alimento.
O Renascimento.
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